Cruzamento da Alberto Nepomuceno com José Avelino, no Centro de Fortaleza: a feira e o vácuo institucional |
Entretanto, para além do aspecto financeiro-econômico, o que mais chama atenção nesse caso é a questão da (falta de) fiscalização/controle urbano. O vácuo institucional que cerca a feira da José Avelino constitui uma enorme desmoralização a quem de direito.
Senão vejamos: toda essa barafunda acontece, geograficamente falando, ao lado do prédio da Secretaria da Fazenda, ao lado do Paço Municipal (gabinete do prefeito), em frente à 10a. Região Militar, nas grades da Catedral, na entrada do Mercado Central (um dos principais equipamentos turísticos da Cidade), no entorno do Dragão do Mar (nosso principal equipamento cultural, cada vez mais pressionado e inviabilizado em seu funcionamento por essa máfia) e a poucos metros do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura. Ou seja, instituições que, apesar de um suposto prestígio simbólico, não conseguem traduzir essa relevância em efetividade por parte da Polícia Militar, Semam, AMC, entre outros órgãos responsáveis pela segurança e pelo controle urbano.
Ouvi ontem de um produtor cultural que transita pelo Dragão um desabafo que traduz bem o poder desses "empresários" e a esculhambação urbana que virou tudo aquilo ali: "À noite, quando os ônibus da José Avelino estacionam nas ruas do Dragão do Mar, muitas vezes na contramão e fechando o trânsito, tente ligar para a polícia ou para a AMC pra ver o que acontece. Não aparece ninguém! Nem polícia, nem AMC, nada! É todo mundo com medo".
Em tempo: o novo capítulo dessa infame novela é o assédio dos barões da José Avelino justamente aos galpões do entorno imediato do Dragão do Mar. Tem restaurante, por exemplo, que já está com a faca no pescoço, com "pedido" de compra batendo à porta. Vejamos no que vai dar...
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