Torcida do Ceará no PV: o ponto fora da curva causa prejuízos à banca |
As maiores paixões esportivas do Estado ainda são as duas principais forças das arquibancadas locais: Ceará e Fortaleza. E, apesar dos reveses em campo e de uma classe dirigente que - com algumas raríssimas exceções - não desembarcou no século XXI, no que diz respeito à dedicação e ao compromisso de alvinegros e tricolores com seus times, vamos muito bem obrigado.
Entretanto, nada mais interessante para o negócio do futebol, para os interesses das grandes corporações que regem esse mercado (com a famigerada CBF à frente de todas), do que um esporte “desterritorializado”, alienado de suas raízes, sua história e suas peculiaridades regionais. Sobretudo, num país continental como o Brasil. Por aqui, o “diferente”, o “exótico”, o ponto fora da curva, pode causar prejuízos à banca.
É nisso que certas mentalidades apostam e investem. A presença de times de fora em partidas caça-níqueis em outras praças é apenas uma das estratégias adotadas, o que, para muitos, divide a torcida entre a xenofobia e a alienação. No futebol, entretanto, a paixão não é algo que se explique, portanto, não é algo que se possa desconstruir. Noves fora a Copa do Nordeste, a nossa aguerrida Lampion's League, o objetivo da CBF é, sempre e justamente, não dividir a torcida. Seu sonho é ter o Brasileirão como um grande torneio Rio-São Paulo. E, para isso, ela trabalha fortemente para os santos de casa não fazerem milagres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário