Beneficiárias do programa: resta aos críticos conservadores do programa apenas o ódio de classe como argumento (Foto: Divulgação/MDS) |
A realidade tratou de desconstruir mais esse mito - a exemplo de tantos outros que vêm sendo desconstruídos, como os que cercam as cotas raciais, etc. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), de responsabilidade do IBGE, entre 2003 e 2013, o número de filhos de até 14 anos caiu 10,7% no Brasil. Entre as famílias mais pobres, estrato social que inclui os quase 15 milhões de beneficiários do Bolsa Família, a queda foi de 15,7%. Já no Nordeste, a redução foi de quase 26,5% - maior redução entre todos os estratos de renda e região.
Com esses números, o preconceito classista e patrimonialista que move as estruturas mais profundas da mentalidade conservadora no Brasil não tem mais em que se amparar em relação ao Bolsa Família, senão em seu próprio ódio de classe e em sua atávica paranoia anti-petista. Outras frentes de resistência ao programa já vinham sendo desconstruídas ao longo dos últimos anos.
O desempenho escolar dos alunos beneficiados pelo programa é melhor do que aqueles que não o são. O orçamento global do programa é uma ninharia comparada às somas imorais destinadas à minoria rentista que se farta - sem um controle mais efetivo por parte do estado - nos papéis da dívida pública. Vale lembrar também que sete em cada dez beneficiários adultos do programa estão no mercado de trabalho – procurando emprego ou exercendo atividades precárias, com rendimentos insuficientes para manter suas famílias. Por fim, a ONU já saudou o programa como um exitoso exemplo de política "ganha-ganha" (ou seja, aquela onde toda sociedade se beneficia), com uma importante para o aumento do índice de desenvolvimento humano no País.
Em tempo: o valor médio do benefício é hoje de R$ 167 mensais. Como se sabe, uma "fortuna".
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