"Aurora Boreal", de Michael Creese: o sonho é quando? |
Para Antonio José Maia e Ronaldo Salgado
Madrugador,
o olhar acorda.
Escuro de um sobressalto.
Na dúvida,
já é cedo?
Ou ainda é ontem?
Pergunta a
musculatura
retesada.
Ainda é véspera?
Essa noite finda,
reminiscência só,
de si, teimando
em sonhos prescritos.
A aurora
estufa o peito,
entre orgulhos decaídos -
o horizonte se
anuncia:
planície deserta,
desígnios incertos.
A última gota
do tempo nesse orvalho.
Quando o hoje?
O sonho é quando?
Somos sempre
margem de um
tempo devido?
Sonhar é sempre?
Já o sol, esse não tem piedade,
nem patrão.
Nasce para todos,
em passeatas de luz.
Marcha sobre todos.
Mesmo que ainda
Durmam
Outras noites.
Outros tempos.
Outras luzes.
Lindo!
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